INCLUSÃO – Núcleo de Pesquisa realiza o I Simpósio de Educação Prisional do RN. Clique aqui e veja como foi o evento

A discussão sobre a educação prisional ganhou um novo espaço para diálogos e trocas de experiências: o Simpósio de Educação Prisional do Rio Grande do Norte. A primeira edição foi realizada nos dias 07, 08 e 09 de dezembro deste ano, de forma virtual devido aos cuidados necessários para a proteção contra o Coronavírus.

Na sua primeira edição, o I Simpósio de Educação Prisional do RN reuniu estudantes privados de liberdade, educadores, gestores públicos e pesquisadores das questões ligadas ao universo prisional, totalizando mais de 200 inscrições. A pauta principal foi “A inclusão dos privados de liberdade no convívio social” e, para discutir o tema, foram realizados sete painéis de debate:

Palestra de abertura do I Simpósio de Educação Prisional do RN
Reprodução: Youtube

O professor Francisco Augusto, pesquisador da área, atuou como mediador em duas atividades, entre elas a conferência de abertura, que contou com a participação da juiza Dra. Cínthia Cibele, da Vara da Execução Penal da Comarca de Mossoró, e da advogada Alianna Cardoso Vançan, atuante do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Prisional de Mato Grosso. “A educação prisional se apresenta como um divisor de águas nos espaços prisionais por onde o IFRN atua e este evento foi importante para apresentar à sociedade o trabalho que vem sendo feito desde 2017, como estimular outras instituições e pessoas a pensarem nas mudanças necessárias para termos um estado e um país menos desigual“, reflete o professor.

Professor Francisco Augusto, durante o I Simpósio de Educação Prisional do RN
Reprodução: Youtube.

O evento foi realizado pelo Núcleo de Pesquisa em Educação Prisional do Campus Avançado Natal – Zona Leste, grupo coordenado pela professora Edneide da Conceição Bezerra. Ela enaltece o sucesso do evento como marco pioneiro na busca pela democratização da educação no Rio Grande do Norte: “foram três dias muito produtivos, porque as pessoas participaram ativamente. Considero que foi um momento muito importante para o IFRN, principalmente no papel do Instituto em contribuir com uma pauta tão invisibilizada e, assim, democratizar esse território”, pontua.

Professora Edneide da Conceição Bezerra, durante o I Simpósio de Educação Prisional do RN
Reprodução: Youtube

O evento trouxe resultados tão positivos que a equipe já discute novos planos. Segundo o professor Francisco Augusto, há a possibilidade de que o IFRN sedie outros simpósios nos próximos anos. “Educação prisional é uma política de promoção e garantia da cidadania de pessoas invisibilizadas que um dia retornarão à convivência social. Por isso, precisamos prepará-las para a saída da prisão. Nosso evento demonstrou que fazemos pouco, mas estamos no caminho certo. Já começamos a pensar no evento do próximo ano”, finaliza.