IFRN é uma das seis instituições brasileiras que participarão do EmbarcaTech

Na instituição, o programa será executado pelo LAICA, um laboratório de pesquisas do Campus Avançado Natal – Zona Leste, e ofertará 100 vagas para residência tecnológica em Sistemas Embarcados.

O programa de residência tecnológica Embarcatech será executado por seis instituições brasileiras e terá duração de 12 meses. Foto: divulgação.

O Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) participou, em Fortaleza (CE), do lançamento do EmbarcaTech, um programa de residência tecnológica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em parceria com a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), que ofertará 600 bolsas de estudos para alunos de seis instituições do país, com um investimento do Governo Federal de R$ 50 milhões.

Durante a cerimônia de lançamento, ocorrida em 5 de julho, o professor Wagner de Oliveira, diretor da Diretoria de Educação a Distância e Tecnologias Educacionais do Campus Avançado Natal – Zona Leste do IFRN (DEAD/ZL), esteve representando o reitor da instituição. “Esta iniciativa de residência tecnológica representa uma ação muito importante para o futuro dos nossos estudantes e para a evolução tecnológica do Nordeste. Ao oferecer essa oportunidade única, estamos não apenas capacitando os estudantes em tecnologias de Sistemas Embarcados e IoT, mas também contribuindo decisivamente para o desenvolvimento tecnológico do Rio Grande do Norte. Este é um passo fundamental para transformar nossa região por meio da inovação tecnológica, impulsionado pela crescente demanda por especialistas em sistemas embarcados e abrindo, assim, várias oportunidades de empregabilidade para os estudantes”, destaca o diretor.

Residência tecnológica no Nordeste

O programa tem o objetivo de formar profissionais qualificados para atuarem na área de sistemas embarcados, que consiste em programas desenvolvidos para operar em hardwares específicos e representa, globalmente, um campo promissor de oportunidades para profissionais de tecnologia. Esses sistemas são fundamentais para o amplo funcionamento de dispositivos e aplicações no dia a dia, desde eletrodomésticos conectados até sistemas automotivos avançados e equipamentos médicos.

O EmbarcaTech será desenvolvido em seis instituições brasileiras credenciadas pelo Comitê da Área de Tecnologia da Informação (CATI). No Rio Grande do Norte, o IFRN/ZL participará do programa através do Laboratório de Pesquisa Allyson Amilcar Angelus (LAICA). Outras instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica também farão parte. São elas: Instituto Federal do Piauí (IFPI), Instituto Federal do Maranhão (IFMA) e Instituto Federal do Ceará (IFCE). Além delas, o projeto será executado no Centro de Excelência em Pesquisa e Desenvolvimento e Inovação (CEPEDI) e no Hardware Brasil (HWBr).

No IFRN, o EmbarcaTech será executado pelo laboratório LAICA. Foto: acervo pessoal.

EmbarcaTech no IFRN

No Instituto Federal do Rio Grande do Norte, o EmbarcaTech será executado pelo laboratório LAICA, que já desenvolve projetos de pesquisa e extensão nas áreas de interesse de Robótica, Sistemas Embarcados e Tecnologias Educacionais. O programa terá como coordenador geral o professor Wagner de Oliveira e coordenador acadêmico o professor João Moreno Vilas Boas.

O professor João Moreno explica que um dos objetivos do programa é incentivar a participação de alunos de municípios interioranos, democratizando e expandindo o conhecimento ao gerar oportunidades para além das capitais. “Para atender a esse objetivo, o projeto no IFRN será realizado no LAICA, laboratório presente nos campi Natal – Zona Leste, Natal – Central e Currais Novos, como forma de proporcionar oportunidades aos estudantes do interior do estado”, destaca.

Com o EmbarcaTech, segundo Wagner, espera-se que os estudantes tenham acesso a uma formação de excelência, alinhada com as demandas do mercado e as tendências tecnológicas globais, contribuindo para o avanço da indústria de sistemas embarcados no Brasil. Ele explica que o programa está organizado em duas etapas: uma capacitação inicial e uma residência tecnológica.

“A fase inicial consiste em um treinamento intensivo de três meses sobre sistemas embarcados e Internet das Coisas (IoT), oferecido a distância para seis mil alunos, sendo mil deles sob responsabilidade do IFRN. Este módulo abrange estudos de caso em áreas como agricultura, indústria, cidades inteligentes e logística, e culmina com a concessão de um certificado aos alunos que concluírem satisfatoriamente o curso. A segunda fase, destinada aos 600 alunos mais destacados, dos quais 100 são responsabilidade do IFRN, envolve uma residência tecnológica de 12 meses. Nela, os participantes aplicam os conhecimentos adquiridos em projetos reais com empresas parceiras, contando com o apoio de uma bolsa de estudos para que possam se dedicar em tempo integral”, complementa o Wagner de Oliveira.