Alunas do Mulheres Mil aprendem que a autoestima e cuidado contra o câncer de mama são aliadas

Durante uma tarde inteira, as alunas do Mulheres Mil foram estudar a importância de ter autoestima para poderem cuidar não só da aparência, mas também da saúde.

Na tarde desta quarta-feira (23), a turma do Mulheres Mil do Campus Natal – Zona Leste do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN/ZL) esteve em uma aula especial, na qual as alunas puderam conversar sobre seus sentimentos, sua autoestima e sobre como ter autocuidado. 

A Maria Albaniza é uma das entusiasmadas alunas do projeto e reconheceu que o curso está lhe fazendo resgatar o cuidado com o corpo e a mente. “Essa aula é super importante até para a gente poder se olhar mais, se cuidar. Às vezes, a gente deixa um pouquinho de lado. Essa aula está sendo ótima para a gente poder ter mais esse contato. Agora, eu comecei a querer olhar mais um pouco para mim e me cuidar mais.”, declarou.

Dentre as atividades, estava a elaboração de autorretratos e atividade de prevenção contra o câncer de mama, visto que estamos na reta final da campanha do Outubro Rosa, que busca a prevenção da doença.

Alunas do Mulheres Mil emitiram mensagens por sessão de fotos a importância de se cuidar (Fotos: Lucas Oliveira)

“A importância da aula é demonstrar para as demais meninas que autocuidado e autoestima é tudo. Quando você está bem consigo, você consegue transparecer para os demais ao seu redor. Eu me sinto maravilhosa e saudável. Consigo dar conta das minhas tarefas, consigo dar conta do trabalho, consigo dar conta dos meus filhos, e da minha casa perfeitamente.”, disse Janaína Avelino uma das alunas acerca das lições que aprendeu com o momento de trocas. 

A autoestima e o Outubro Rosa podem estar alinhados através da promoção da saúde e do autocuidado, visto que conscientizar e compreender o diagnóstico precoce contra o câncer de mama é um sinal de amor próprio. 

“No contexto do Mulheres Mil, o autocuidado, a autoestima e a prevenção do câncer de mama se entrelaçam, pois, ao promovermos o desenvolvimento pessoal e a saúde, fornecemos ferramentas para que as mulheres se sintam mais seguras e dispostas a enfrentar os desafios. Quando uma mulher se cuida e se valoriza, ela se torna um exemplo positivo e inspirador para outras ao seu redor, criando uma rede de apoio e solidariedade.”, disse Ester Brito, estudante de Pedagogia e idealizadora da aula sobre autoestima.     

Quando as pessoas se envolvem ativamente na sua saúde, como realizando exames e cuidando do bem-estar, isso pode aumentar a autoestima. Além disso, a troca de experiências e o apoio comunitário durante essa campanha ajudam a fortalecer a autoconfiança e a sensação de pertencimento. Assim, cuidar da saúde se torna uma forma de valorizar a própria vida e o bem-estar emocional.

Após todas as atividades, as alunas passaram por uma sessão de fotos cujo objetivo era fornecer autoestima e empoderamento. 

OUTUBRO ROSA 

Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de mama é o tipo mais presente nas mulheres em todo o mundo. No Brasil, estima-se que, em 2021, 66.280 novos casos foram registrados. Por isso, foi instituído em 2018 no país a campanha internacional do Outubro Rosa, voltada para a conscientização do público sobre o câncer de mama. Desse modo, durante todo o mês de outubro, diversas ações como palestras, eventos, caminhadas e discussões nas redes sociais acontecem, visando informar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, além de apoiar mulheres em tratamento. 

Os principais sinais da doença que devem servir de alerta para um diagnóstico precoce são: nódulos, pele avermelhada na região da mama e alterações nos mamilos. É de extrema importância que, ao detectar algum sintoma, a mulher procure um médico para uma maior investigação. Contudo, mesmo com a ausência de alerta, é preciso que o público feminino realize exames regulares, como a mamografia, a fim de detectar precocemente qualquer mudança. 

MULHERES MIL 

O Mulheres Mil é um programa do Governo Federal voltado para capacitação profissional e tecnológica atrelada ao aprimoramento educacional de mulheres em todo o país. Essa iniciativa visa beneficiar mulheres cisgênero, mulheres transgênero e/ou travestis em situação de vulnerabilidade social que buscam desenvolvimento profissional.

A experiência piloto do Mulheres Mil surgiu no Campus Natal – Central do IFRN, durante o ano de 2007. O projeto contou com a parceria da Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional (CIDA/ACDI) e a Associação dos Colleges Comunitários do Canadá (ACCC) para realizar um curso de camareiras destinado às mães dos meninos participantes do Projeto Fraldinha — no qual crianças em situação de vulnerabilidade socioeconômica têm a oportunidade de praticar futebol de campo aos finais de semana nas dependências do Instituto.

No primeiro momento, mil mulheres foram alcançadas pela iniciativa, o que deu nome ao programa, sustentado pelos pilares da educação, cidadania e desenvolvimento sustentável. No início, o Mulheres Mil era oferecido apenas nos Institutos Federais das regiões Norte e Nordeste. Foi em 2011 que passou a ser ofertado em todas as regiões do Brasil. Com a metodologia “acesso, permanência e êxito”, o programa ofertou cursos de formação inicial e continuada e qualificação profissional às mulheres em situação de vulnerabilidade social.