ENCONTROS PRESENCIAIS: professores pegam a estrada para ensinar as regras da ABNT no interior do RN

Se você pensa que, na EaD, todas as aulas acontecem exclusivamente por meio dos computadores, está enganado(a). No IFRN, os momentos presenciais são pensados com antecedência para oferecer aos alunos que moram longe dos grandes centros urbanos oportunidades iguais de acesso ao conhecimento. Mesmo que, para isso, os professores tenham que pegar a estrada e percorrer todo o estado.

Encontro realizado em Mossoró – RN

Este mês, uma equipe de docentes viajou por cinco cidades do interior do Rio Grande do Norte (Mossoró, Marcelino Vieira, Martins, João Câmara e Canguaretama). O objetivo foi realizar encontros para capacitar os alunos sobre a produção de artigos científicos e o uso correto das regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A iniciativa buscou atender a demanda dos estudantes que estão iniciando a produção do Trabalho de Conclusão de Curso.

Os encontros foram realizados por professores dos cursos de especialização em Literatura e Ensino e Língua Portuguesa e Matemática numa Perspectiva Transdisciplinar, coordenados respectivamente pelas professoras Marilia Gonçalves e Ivoneide Bezerra. A expectativa do grupo foi facilitar a produção de artigos científicos de alunos, levando em consideração que, para muitos, esta é a primeira produção acadêmica.

Turma da capacitação em Marcelino Vieira – RN

Educação humanizada

A visita aos polos, que acontecem no final de cada módulo acadêmico, é importante para o contato físico com os alunos – é o que explica a professora Marilia Gonçalves. “É um momento em que podemos estabelecer laços acadêmicos mais efetivos, olhando no olho. Penso também que esses momentos motivam, pois eles veem de perto quem está por trás da tela, pois, ao criamos esses laços, evitamos, de certa forma, a evasão escolar”, relata.

Aula sobre utilização das normas da ABNT

Ainda segundo a professora, o ambiente proporcionado pela capacitação é de humanização da relação do professor com o aluno. “É nesse momento que conhecemos, de forma mais próxima, o nosso aluno. Ouvimos relatos das dificuldades cotidianas que enfrentam, como morar numa cidade e trabalhar em outra, sobre a carência no acesso à tecnologia, a aluna grávida que quer e pode continuar seus estudos, etc”, explica.